sábado, 26 de fevereiro de 2011

Crepúsculo


Os cineastas por trás de Crepúsculo trabalharam para criar um filme que fosse tão fiel ao livro quanto achavam ser possível ao se converter uma história para outro meio, como o produtor Greg Mooradian disse, "É muito importante distinguir que estamos fazendo uma peça de arte separada que, obviamente, vai ficar muito, muito fiel ao livro... Mas, ao mesmo tempo, temos a responsabilidade de fazer o melhor filme que se pode fazer". A fim de assegurar uma adaptação fiel, a autora Stephenie Meyer foi mantida envolvida no processo de produção, tendo sido convidada a visitar o set durante a filmagem e até a dar opiniões sobre o roteiro. Sobre este processo, Meyer disse: "Foi uma troca muito agradável entre mim e os cineastas desde o começo, que eu acho que não é muito típica. Eles estavam realmente interessados nas minhas idéias", e "...eles me mantiveram por perto e, sobre o roteiro, me deixaram ver e disseram, 'Quais seus pensamentos?'... Me deixaram dar minha opinião e eu acho que pegaram 90% do que eu disse e incorporaram nele". Meyer lutou para que uma cena em particular, uma das mais conhecidas do livro sobre "o leão e o cordeiro", fosse mantida na íntegra no filme: "Eu realmente acho que o jeito que a Melissa Rosenberg escreveu soou melhor para o filme... O problema é que essa cena, na realidade, está tatuada nos corpos das pessoas... Mas eu disse 'Você sabe que se tiver que pegar isso e mudar, será uma potencial situação de retrocesso”. Ela também foi convidada a fazer uma lista de coisas do livro que não deveriam ser alteradas no filme, como as presas dos vampiros ou matar personagens que não morrem no livro, que o estúdio aceitou seguir. O consenso entre os críticos é que os cineastas conseguiram fazer um filme que é muito fiel ao seu material de origem.


No entanto, como é frequente nos casos de adaptações livro-para-filme, existem diferenças entre eles. Algumas cenas do livro foram cortadas do filme, como uma cena na sala de biologia em que a classe de Bella faz tipagem sanguínea. Hardwicke explica, "Bem, o livro tem quase 500 páginas - você tem que fazer a versão leite condensado açucarado disso... nós já temos duas cenas da aula de biologia: a primeira vez que eles estão lá dentro e a segunda vez em que os dois estão juntos. Em um filme, quando você condensa, não quer deixar a mesma coisa várias vezes. Então, a cena não está lá". Os cenários de certas conversas no livro também foram alterados para fazer as cenas mais "visualmente dinâmicas" na tela, tal como Bella revelando que sabe que Edward é um vampiro numa campina no filme, diferente do carro de Edward no romance. Uma excursão de biologia é adicionada ao filme, a fim de mostrar os momentos de frustração em que Bella tenta explicar como Edward salvou-a de ser esmagada por uma van. Uma das maiores mudanças foi a introdução dos vampiros vilões muito mais cedo do que eles aparecem no livro, com Rosenberg explicando que "você não ver o James e os outros vilões até o último quarto do livro realmente não funcionaria num filme. Você precisa de uma tensão fatal. Precisávamos vê-los e o perigo iminente desde o inicio. Então eu tive que criar uma história anterior para eles, o que eram até aquilo, para exercitar eles como personagens". Rosenberg também combinou alguns dos humanos do ensino médio, com Lauren Mallory e Jessica Stanley se tornando a personagem de Jessica no filme, e uma "combinação de vários personagens humanos diferentes" se tornando Eric Yorkie. Sobre estas diferenças do livro, Mooradian declarou, "Eu acho que nós fizemos realmente um criterioso trabalho de destilação do livro. Nossa maior crítica, Stephenie Meyer, ama o roteiro, e diz que temos feito todas as opções corretas em termos do que manter e perder. Invariavelmente, você vai perder partes que alguns membros do público vão querer desesperadamente ver, mas há apenas uma realidade, não estamos fazendo 'Twilight: O Livro' O filme".


O filme alcançou aproximadamente 36 milhões de dólares em bilhetes no primeiro dia de exibição e, no primeiro final de semana, os 69,6 milhões - quase o dobro do seu orçamento, que foi de 37 milhões. Obteve um lucro de US$408.773.703 mundialmente, tornando-se o segundo filme de temática vampírica mais lucrativo da história do cinema, atrás de sua sequência, Lua Nova. Crepúsculo tem, até o momento, a 116ª maior bilheteria de todos os tempos e a maior estréia de um filme dirigido por alguém do sexo feminino nos Estados Unidos. No Brasil, estreou em segundo lugar nas bilheterias com R$3,3 milhões e 365.000 espectadores, público que chegou aos 1.200.000 até o dia 10 de Janeiro de 2009. No total, o filme arrecadou R$11,7 milhões no país.

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